Psicodrama organizacional
O criador do psicodrama, Jacob Moreno, define tal método como um método de pesquisa e intervenção nas relações interpessoais.
Através de um jogo teatral sem preparação prévia, o psicodrama revela comportamentos, afetos e fantasias que ajudam na descoberta, modificação e desenvolvimento da personalidade.
Podendo ser utilizado na psicoterapia, na educação, hospitais comunidades e em empresas ele pode ter como foco principal apenas uma pessoa – psicodrama individual -, ou um grupo de pessoas – sociodrama.
Um dos eixos teóricos do psicodrama é a Matriz de Identidade, um conjunto de processos que ocorrem no nascimento e após este. Pode ser dividia em três fases, sendo a primeira denominada Completa Identidade, que diz respeito à indiferenciação do eu. O início de um grupo é geralmente marcado por essa fase, sendo muitas vezes necessária a utilização do método do DUPLO, que consiste na penetração, com a ajuda de um ego-auxiliar, de questões mais íntimas, profundas ou desconhecidas do protagonista – normalmente é aplicada a pessoas mais fechadas e solitárias.
A segunda fase, Reconhecimento do eu, como o próprio nome já diz, é marcada por um processo de aquisição de uma identidade própria, possibilitando assim um reconhecimento do não-eu. Nessa fase utiliza-se a técnica do espelho, na qual o protagonista se torna um espectador, podendo ver-se a certa distância, tornando-se assim, um observador de si mesmo.
A terceira fase, Reconhecimento do tu, caracteriza-se pela capacidade de simbolização, capacidade de colocar-se no lugar do outro. Sendo assim, nessa fase, utiliza-se a técnica de inversões de papéis, onde o protagonista assume o papel de seu parceiro, daquele ou daqueles com os quais está contracenando.
Uma sessão de psicodrama, de acordo com VOLPE (2010), compõe-se de cinco instrumentos, três etapas e três contextos.
O contexto são as vivências pessoais e coletivas, estando dividido