O psicodrama na área de RH
O psicodrama pode ser considerado uma via de investigação da mente humana, mediante à ação. É um método de pesquisa e de intervenção nas relações interpessoais, nos grupos, entre grupos ou de uma pessoa consigo mesma. Vivencia a realidade a partir do reconhecimento das diferenças e dos conflitos, facilitando a busca de alternativas para a resolução do que é revelado, expandindo os recursos disponíveis. Criado pelo médico Jacob Levy Moreno, esse método vem sendo utilizado na área clínica, na educação, em comunidades e em organizações. No caso específico das empresas, o psicodrama pode ser uma ferramenta auxiliar nos processos de recrutamento e seleção e na área de treinamento e desenvolvimento. Para conhecer um pouco sobre a proposta desse método e de sua aplicação em Recursos Humanos, o RH.com.br conversou com a psicóloga Vânia Lúcia Andrade que há dez anos utiliza o psicodrama no dia-a-dia organizacional e há três anos o aplica para fins didáticos, em faculdades. Confira a entrevista!
- Como o psicodrama pode ser trabalhado nas organizações?
Andrade - No psicodrama trabalhamos a representação de papéis. Numa organização, por exemplo, o papel pode ser de um gerente, um coordenador ou um colaborador. Como tendemos a cristalizar papéis mediante às pressões sociais, o psicodrama busca desenvolver a espontaneidade e trabalhar a rigidez dos papéis. É a vivência do "tele" - relação télica - que é a capacidade de empatia, de "estar junto" e de interação com o outro. Como o psicodrama se constitui, dentre outras técnicas, de uma dramatização de conflitos, adota-se temporariamente um determinado papel e dentro de uma dada situação os participantes atuam livremente, expressando seus sentimentos para melhor compreendê-los.
RH - Qual a proposta desse método?
Andrade - Quando Jacob Levy Moreno criou o psicodrama, ele se constituia de uma prática específica para a terapia de grupo. Porém, sua eficácia terapêutica, através da encenação de