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A INSERÇÃO DO PSICODRAMA NO SERVIÇO PÚBLICO Limites e Possibilidades
Dulcinéa R. Cassis1

Vivemos hoje num cenário de aceleradas transformações e mudanças imprevisíveis. As organizações de sucesso são diferenciadas pela sua capacidade de reação veloz frente às mudanças. Para sobreviver, as organizações precisam desenvolver a capacidade de antevisão, de agilidade e flexibilidade para adaptar-se às novas condições.
Inserido neste contexto, o serviço público no Brasil também vem passando por grande transformação, com base na reflexão sobre o papel do Estado e nos conceitos de democratização e cidadania.
O histórico do Serviço Público passou por três fases marcantes. A primeira, o Modelo Patrimonialista - onde interesse público e privado se confundiam: o Estado era visto como extensão da família real, com atribuição de administrar os bens da realeza. Como conseqüência, houve um incentivo à corrupção, clientelismo, fisiologismo etc

Como reação ao modelo patrimonialista, visando garantir o controle dos processos públicos surgiu o modelo burocrático, com o objetivo de garantir a funcionalidade. Predominava a impessoalidade, a formalização, a divisão do trabalho, a hierarquização e a competência técnica baseada no mérito. O mundo e o Brasil vem passando, cada vez de forma mais acelerada por um processo de mudanças rápidas, caracterizado pelo crescente processo de democratização e de globalização. O sentimento de cidadania se faz crescente, exigindo do Estado posições mais claras e objetivas visando o interesse do bem comum e da prestação de serviços públicos de melhor qualidade. Objetivando rediscutir o papel e as formas de funcionamento do Estado e melhorar a qualidade dos serviços surge o Modelo Gerencial ora vigente.
O modelo gerencial emerge da necessidade de reformar o Estado e seu aparato administrativo, a partir de três movimentos centrais: a busca permanente de aumento da eficiência da máquina pública, por intermédio da racionalização e incremento de