psicanalise e educação
O objetivo central deste trabalho é mostrar as contribuições da Psicanálise para a Psicopedagogia no âmbito da dificuldade e/ou problema de aprendizagem, uma vez que não pode ser tratado apenas como um problema psicomotor, social, emocional ou cognitivo de aprendizagem. O psicopedagogo precisa se acerca dos conhecimentos da Psicanálise, conhecendo a sua história e ação, assumindo assim uma postura interdisciplinar.
O papel da Psicopedagogia é resgatar o desejo do aprender, é ai que entrar a contribuição da Psicanálise, uma vez que tal área estuda o desejo inconsciente do sujeito. Neste sentido o ato de aprende é movido pelo desejo. Tal desejo se encontra no inconsciente, pois, no momento do aprender vai responder as questões libidinadas.
O sujeito não libidinizado é alguém marcado pela falta de desejo, desejo de não aprender. Aprender é um ato desejante e sua negação é o não aprender. Tal desejo é movido pelo inconsciente, que nesse momento de aprender ou não aprender responde às informações libidinadas (negação, omissão, recusa, rejeição, etc.) percebidas nas primeiras relações maternas ou, mais especificamente na fase da construção do ego (COSTA, 2001).
Segundo Freud, a formação psíquica do sujeito é realizada na infância, por meio de experiências narcísicas (amor a si próprio) e edípicas (rivalidade). A aprendizagem escolar depende de como o aprendiz passou por essas experiências, já supracitadas, ou seja, o sujeito necessita construir uma imagem de si. Tal imagem poderá ser positiva ou negativa, sendo negativa, o sujeito encontrará dificuldades para aprender a ler e escrever.
Podemos dizer que para Freud, “a mola propulsora do desenvolvimento intelectual é sexual” (KUPFER, 2000), ou seja, a inteligência encontra apoio em restos sexuais. O ato de aprender para psicanálise é uma relação com outra pessoa que ensina, no sentido de aprender com alguém e não sozinha. Para tanto,
É preciso que haja um