PRÉ-URBANISMO
Na fase política, as cidades eram estabelecidas a partir do convívio social e da organização nas relações entre aldeia e agricultura (o campo). Era um espaço de poder e ordem. Esse poder acabava por subordinar os artesãos e operários da época, mas ao mesmo tempo os protegiam. É claro que essa proteção tinha um preço, que era a cobrança de “impostos” em cima da produção, sendo que as produções agrícolas já eram praticamente todas destinadas aos senhores donos das terras.
Pelo fato da cidade política ser baseada em administração e exploração de territórios por aqueles que detinham o poder, uma preocupação constante da época eram as guerras. Por isso era necessário material para produção de armas, e esses materiais eram adquiridos pelo comercio, que era feito a partir de trocas.
Com o passar do tempo, as trocas comerciais adquiriram importância e foram crescendo, chegando ao ponto de ter um lugar próprio para isso na cidade, os chamados burgos. Os donos do poder começaram a se sentir ameaçados por esse crescimento comercial, e com razão, pois o comércio dava mais autonomia aos artesãos fazendo com que eles não precisassem mais depender tanto dos senhores das terras para sobreviver.
O crescimento do comércio foi inevitável, e essa mudança introduziu uma nova fase na história das cidades, que é a cidade comercial. Essa fase transformou até a arquitetura das cidades, que passaram a ter uma nova concepção quando o comercio se tornou uma função urbana. A rua passou a ser um lugar de encontro e de comércio, a praça do mercado se tornou central e o restante da cidade se formava ao redor dela. A arquitetura era constituída de 3 conceitos fundamentais: função, forma e estrutura. Os prédios públicos, que na cidade política eram os mais