PRÁTICAS SOCIAIS
Por que, então, os revolucionários socialistas devem eleger, conscientemente, as diversas práticas sociais como objeto de suas intervenções políticas? Justamente porque sabemos que todas as práticas sociais são construídas, elas não são eternas, elas não são naturais, elas não são inevitáveis, elas não são imutáveis, muitas delas não são necessárias, muitas delas não são sequer legítimas.
Enfim, todas as práticas sociais, no fundo, são construídas, logo poderiam ser radicalmente outras, não importam quais práticas sejam: seja a prática social-cultural do casamento monogâmico; seja a prática social-econômica da exploração da mais-valia dos trabalhadores; seja a prática social-cultural de sentar-se para assistir novela; seja a prática social-cultural de ir, todos os dias, estudar em uma dada escola; seja a prática social-cultural de ir à igreja ou ajoelhar-se em oração; seja a prática social-política de se reunir semanalmente com militantes revolucionários; seja a prática social-política de participar de uma passeata; seja a prática social-cultural de assistir a um jogo de futebol no domingo; seja a prática social-cultural de consumir carne; seja a prática social machista de oprimir as mulheres; seja a prática social homofóbica de oprimir os homossexuais; seja a prática social de oprimir a raça negra; seja a prática social de estimular o bullying; e