Prática docente: divisão entre o ser e o saber
Se educação é o “conjunto dos processos de formação e aprendizagem elaborados socialmente e destinado a instruir os membros da sociedade” (Tardif, 2002), então ao nos propormos uma compreensão do que é educação devemos atribuir sentido as falas de seus protagonistas sobre o cotidiano da vida escolar. Dessa maneira pensemos diretamente na figura do professor, este por vezes é visto apenas como, alguém que sabe alguma coisa que possui como função transmitir estes saberes a outras pessoas. Contudo não é analisado como se da à relação “ser docente X saberes docentes”. De fato os professores são pessoas que sabem alguma coisa, no entanto o que eles sabem? Que saber é esse? O ser docente implica apenas na “transmissão” do conhecimento? No entanto muitos não sabem, mas existe uma relação de “amor e ódio” entre professores e os saberes.
Ser docente, hoje em dia, implica em um ser dotado de uma capacidade de adequação constante. Pois a comunidade cientifica “lança” cada vez mais novas tendências e/ou paradigmas educacionais com o intuito de ajudar os professores em sua atividade diária, propondo soluções para problemas inexistentes. O que ocasiona cada vez mais um distanciamento entre os grupos de pesquisadores (comunidade cientifica) e de educadores, pois ao que parece cada grupo se destina a tarefas especializadas de transmissão de conhecimentos e produção de saberes sem que ocorra uma real relação entre ambos.
Como o processo de formação implica no desenvolvimento do aprendizado de forma cada vez mais sistemática tornando assim o processo cada vez mais longo, fazendo com que, cada vez mais, o docente tenha que se aprimorar na arte de educar. No entanto, os professores são vistos por muitas pessoas, como meros transmissores do saber, quando na verdade o corpo docente tem função social estratégica e tão importante quanto à comunidade cientifica.
Tendo em vista que os professores ocupam uma posição estratégica nas