A influência do gênero, idade e formação na presença de heurísticas em práticas orçamentárias: um estudo quase-experimental.
Autoria: Raimundo Nonato Lima Filho, Marcio Santos Sampaio
Resumo Em um ambiente organizacional, ao contrário do que acreditam as teorias clássicas, a representação moderna aponta para um conjunto de variáveis e relações, onde a empresa opera em um cenário complexo, caracterizado principalmente por uma situação de incerteza e por um mercado imperfeito. As dificuldades que as pessoas têm de julgar subjetivamente probabilidades, analisar e processar informações para posteriormente tomarem decisões advém de um processo denominado ilusão cognitiva. Segundo essa perspectiva a ilusão cognitiva é a tendência em cometer erros sistemáticos na tomada de decisão, tais ilusões são classificadas como heurísticas no processo decisório e causadas pela escolha de determinados procedimentos mentais apontados pela Teoria dos Prospectos. As heurísticas são mecanismos cognitivos adaptativos que reduzem o tempo e os esforços nos julgamentos, mas que podem levar a erros e vieses de pensamento. A supressão da lógica favorece o estabelecimento de um círculo vicioso, já que, muitas vezes, os resultados dos julgamentos realizados por regras heurísticas são satisfatórios para o sujeito, o que torna a utilização de atalhos mentais frequentes e, portanto, os erros e vieses uma constante. Nessa perspectiva, esta pesquisa buscou medir possíveis correlações entre as variáveis idade, gênero e formação e a existência de vieses cognitivos em decisões a partir de cenários que envolvem informações contábeis e financeiras. Alem disso, enfatizou-se que o processo orçamentário tem sido objeto de pesquisas e estudos por outras áreas do conhecimento. Por sua vez, a Contabilidade Comportamental tem se fortalecido do ponto de vista da produção do conhecimento que visa buscar, cada vez mais, uma interface com outras ciências como a Psicologia, a Economia e Administração. A