prova
A própria construção das cidades, dos espaços urbanos, faz com que haja uma segregação. Os espaços são construídos para que se garanta, e se propicie, a convivência de iguais. Por este motivo a invasão da periferia a lugares que não são destinados a eles incomoda tanto, eles não são “iguais” e sim são “diferentes” por estes motivos tem de estar separados. Para enfatizar isso temos os condomínios fechados que vem crescendo cada vez, nestes condomínios somente pessoas autorizadas podem entrar, selecionando cada vez mais os “iguais”. No mesmo sentido temos a construção de clubes, onde somente associados podem usufruir dos espaços, que com uma análise previa do poder aquisitivo, que acaba sendo confirmado a cada mês ou ano através das mensalidades, segrega cada vez mais as pessoas. Em Porto Alegre temos um fenômeno urbano, que pode ser notado em outras cidades, de deslocamento dos centros tradicionais, ocupados inicialmente pelas elites, para bairros distantes do centro “oficial” da cidade. Antes o centro da cidade era visto como lugar de sofisticação e um lugar bem frequentado e com o passar do tempo se transforma como sendo o lugar do comercio informal, com intenso fluxo de trabalhadores se tornando um lugar perigoso e “mal frequentado”. Essa transformação do status dos centros “tradicionais” faz com que a necessidade de centros comerciais mais afastados destes lugares. Não se pode dizer que antes não havia a presença destes grupos periféricos em grandes shoppings. Grupos de minorias frequentam estes lugares a bastante tempo e sofrem preconceito antes mesmo dos rolês acontecerem. Há diversos relatos de negros sendo perseguidos por seguranças a adentrarem em determinadas lojas,