Prova
|Disciplina: Língua Portuguesa |
A Rebelião das Cores
Sônia Rinaldi e Fernando Machado
Numa caixa de lápis de cor...
O lápis Vermelho notou que ele e seus companheiros estavam meio abandonados. Todos concordaram e começou aquele alvoroço.
O Verde logo-se animou a expor sua tristeza:
_Eu sou o mais esquecido!
_Por que você? Perguntou o Azul.
_Porque, quando usam cores para pintar uma paisagem, tem tão pouco Verde, que pouco me usam!
_ Engano seu, companheiros! Olha para o Céu! Exclamou o Azul apontando através da janela... E todos se espicharam. O coitado do Cinza, um toquinho gasto, até se escondeu...envergonhado. E todos calaram-se em respeito à tristeza do Azul.
O Laranja reclamou:
_Ah, é? Só falta Azul no Céu?E aquele, pôr do Sol de antigamente, onde eu me raiava em mil tons, e todo mundo admirava?
_ E eu, então? Queixou-se o Branco, que no Céu fulgurava em pontos de estrelas, as quais hoje, por causa da poluição, nem se vêem mais?
O Amarelo reagiu.
_É? Eu era a cor dos canarinhos. Agora, onde estão eles?
Então a Borracha safada, que estava ouvindo essa conversa, começou, matreiramente, a se aproveitar da situação.
_ Não sei por que todo alvoroço. Disse de mãos na cintura. Eu tenho a solução. Acabo logo com esse sofrimento. Apago tudo. Acabo com vocês! E saiu se rebolando, em demonstração.
As Cores horrorizadas, deram um corre na Borracha. Foi tapa pra tudo quanto foi lado, até expulsá-la da mesa!
Depois encolheram-se na caixa. Não viam solução. O mundo andava tão cinza, com poluição, poucas matas, rios contaminados, mar sujo...Calaram-se. Esse silêncio me