Prova Roberta
Tópicos Especiais em Serviço Social II – “Novos” arranjos familiares
Prof. Claudio Horst
Aluna: Tatiane do Espírito Santo
MISKOLCI, Richard. Pânicos Morais e controle social – reflexões sobre o casamento gay. p.101-128.
(RIOS, Rogério. Raupp. Uniões homossexuais: adaptar-se ao direito de família ou transformá-lo? Por uma nova modalidade de comunidade familiar. p.109-129.)
O artigo de Richard Miskolci traz uma analise do casamento gay, e ele usa os pânicos morais como meio de chegar ao entendimento de seu pensamento. Os pânicos morais estão presentes em nossa sociedade de forma bem expressiva. Como ele afirma, surgem do medo coletivo de uma maioria da em relação a algum evento ou movimento que põe em risco a ordem e os valores morais de tal sociedade. Podemos perceber eles de forma mais clara quando se atenta para os temas ligados à sexualidade, em contraste os movimentos GLBT, que tiveram sua principal origem no episódio de Stonewall.
Segundo Miskolci, tudo começou em 1869 quando o médico húngaro Karoly Maria Benkert, usou pela primeira vez o termo homossexual em uma carta protesto. Com isso houve o processo de estigmatização do homossexual que passou a ser visto como uma “espécie desviada” e, então, ele passou a ser visto como louco, pervertido e criminoso por mais de um século, até os acontecimentos de Stonewall em Nova York em 1969, onde esses discursos foram abalados e o termo “homossexual” foi posto em questão. Foi então surgiu o termo gay fazendo referência a moral duvidosa que a sociedade atribua as mulheres que viviam sozinhas. Mas a epidemia do vírus HIV, no início da década de 1980, enfraqueceu as propostas de transformação social, porque foi atribuída aos homossexuais a culpa do surgimento do vírus, sendo chamada de “peste gay”.
Usando como referência Judith Butler, Miskolci afirma que diante tantos estigmas o movimento GLBT iniciou uma luta pelo casamento homo afetivo, o que seria “uma resposta envergonhada do