Protecionismo
Há somente poucos argumentos em favor do livre comércio, mas eles são, na verdade, muito poderosos: o livre comércio aumenta a concorrência interna e a pressão sobre as empresas nacionais para inovarem; ele supre os consumidores com uma variedade maior de bens e permite que as empresas internas desfrutem plenamente vantagens comparativas e economias de escala. Há, conseqüentemente uma elevação do padrão e da vida nacional.
Por outro lado, existe uma verdadeira bateria de argumentos em favor do protecionismo, mas, ao arrolá-los, notamos que alguns não fazer o menor sentido. Mas ainda, mesmo aqueles que possuem um elemento de validade estão sujeitos a limitações de ordem pratica para resolver os problemas de política comercial de um país. Restam-nos, então, os argumentos de ordem não econômica, tais como a necessidade de ter uma indústria de defesa. Mas, neste caso, a proteção tarifária pode ser desnecessária se o governo nacional for o maior comprador, essa indústria já estaria naturalmente protegida.
A) ARGUMENTOS ECONÔMICOS FAVORÁVEIS À PROTEÇÃO
Para contrabalançar a evidência das proposições em favor do comércio internacional que datam do tempo de Smith e Ricardo, os propugnadores da proteção comercial têm proposto uma série de argumentos econômicos, alguns deles sendo inteiramente falaciosos – meras racionalizações sem fundamentos, enquanto outros são ponderáveis.
B) ARGUMENTOS FALACIOSOS
1. “COMPRE PRODUTOS NACIONAIS, POIS ASSIM NOSSO DINHEIRO FICA NO PAÍS.”
Este argumento é algumas vezes generalizado da seguinte forma: “Se comprarmos trigo da Argentina, obtemos o trigo, mas a Argentina ganha os reais. Entretanto, se comprarmos o trigo produzido no Brasil, não só obteremos o trigo, mas o nosso dinheiro fica aqui mesmo“.
A falácia desse argumento consiste no fato de que os argentinos não iriam produzir trigo com grande esforço somente pela alegria de ter reais em seu poder. Como nós eles desejam