Propriedade Privada
Locke defende os direitos a vida, liberdade e a propriedade que segundo ele são direitos naturais e inalienáveis, em sua obra Segundo Tratado sobre o Governo Civil, publicado na Inglaterra, o autor legitima a propriedade privada consolidando o Estado Liberal. De acordo com Locke a terra foi dada ao homem por Deus o que fica muito claro quando diz o Rei Davi, Salmo 115,16, “Deu a terra aos filhos dos homens”, a toda a humanidade. E nela tudo se encontrava em estado natural, portanto seria de todos, mas a partir do momento em que o homem emprega seu trabalho na matéria antes em estado bruto essa tornaria sua propriedade privada, pois seria fruto do suor de seu trabalho.
`` Podemos dizer que o trabalho de seu corpo e a obra produzida por suas mãos são propriedade sua. Sempre que ele tira um objeto do estado em que a natureza o colocou e deixou, mistura nisso o seu trabalho e a isso acrescenta algo que lhe pertence, por isso o tornando sua propriedade. Ao remover este objeto do estado comum em que a natureza o colocou, através do seu trabalho adiciona-lhe algo que excluiu o direito comum dos outros homens. Sendo este trabalho uma propriedade inquestionável do trabalhador, nenhum homem, exceto ele, pode ter o direito ao que o trabalho lhe acrescentou, pelo menos quando o que resta é suficiente aos outros, em quantidade e em qualidade. ´´
A propriedade privada, portanto consiste na ferramenta que consolidou o poder da burguesia uma vez que as propriedades do burguês são frutos de seu trabalho e consistem em um direito inviolável e não caberia nem mesmo ao Estado contesta-la, na visão de Locke a propriedade é anterior ao Estado, afirmando então uma separação entre o público e privado.
``Quando Deus deu o mundo em comum a toda a humanidade, também ordenou que o homem trabalhasse, e a penúria de sua condição exigia isso dele. Deus e sua razão ordenaram- lhe que submetesse a terra, isto é, que a melhorasse para beneficiar sua