Proposta metodológica de malinowski
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Malinowski acredita numa proposta metodológica toda baseada no trabalho de campo, indo em seu ambiente de estudo e convivendo com o seu ''objeto''de pesquisa, vivendo a vida da mesma maneira que a sociedade por ele pesquisada, tendo como dever e responsabilidade estabelecer todas as leis e regras que guiam a vida do grupo estudado. Malinowski faz um ''esquema mental'' para obter resultados científicos, o que difere do senso comum, se empenhando em continuar a pesquisa sistematicamente e metodologicamente, se preocupando em recolher o maior número de dados possíveis, outro método importante dado por ele é o esquema de documentação, que ajuda a conhecer a área territorial, a genealogia de cada comunidade, podendo assim obter detalhadamente a estrutura da cultura nativa, e isso tudo deve ser feito na observação participante, ou seja, o cientista deve conviver diretamente com o grupo estudando, tendo a mesma rotina de vida dele, comendo da mesma comida e etc, e registrando tudo em alguma documentação etnográfica.
O KULA
As regras das trocas que acontecem no Kula foram por Malinowski assistidos e analisados como relações sociais das quais emergem o poder, os mitos, os aspectos econômicos, etc. Malinowski elege o Kula como um fenômeno social porque observa que tal instituição do universo “selvagem” constrói um mundo repleto de significados, assim demonstra o conjunto de regras do Kula a partir das trocas do Soulava e do Mwali (braceletes brancos e colares vermelhos) e descreve as palavras dos nativos: “uma vez no Kula, sempre no Kula” . O antropólogo observa que a cerimônia de troca nativa representa relações que irão fazer permutar uma grande variedade de bens consideráveis indispensáveis entre os povos tribais das Ilhas do Pacífico. Muitas atividades interligadas a instituição do Kula como à construção de canoas, as cerimônias fúnebres e os tabus preparatórios foram descritas por Malinowski, mas a importância dada ao Kula por Malinowski não era a mesma