Do conceito de homem ao conceito de cultura
Antropologia interpretativa: contribuições e limitações
Trabalho apresentado como exigência da disciplina: Antropologia III
Docente: Elena Calvo Gonzales
Discente: Bárbara Pereira Fernandes
RA: 7059217
SÃO PAULO
FEVEREIRO DE 2011
A antropologia interpretativa supõe uma quebra teórica com certos paradigmas tradicionais da teoria antropológica. Avalie as contribuições da antropologia interpretativa, fazendo uso de exemplos etnográficos apresentados na literatura analisada durante o curso, assim como apontando tanto para as limitações desta abordagem teórica quanto seus possíveis desdobramentos dentro da disciplina.
DO CONCEITO DE HOMEM AO CONCEITO DE CULTURA
No século XVIII surge o esboço do conceito de homem não mais como somente sujeito, mas como seu objeto. O estudo deste novo objeto se deu não só por meio da reflexão (como antes), mas também da observação, ou seja, do estudo empírico, que era voltado geralmente para os costumes e o corpo físico. Já no século XIX, com a noção de progresso da civilização – de história universal do homem –, ocorre uma mudança na visão até então estabelecida sobre as sociedades que não possuíam características semelhantes à idéia de tinham de civilização: estas passaram a ser vistas não mais como homens em seu estado selvagem, mas em um estado primitivo em relação ao homem civilizado europeu. Os principais teóricos desta corrente da antropologia, chamada de evolucionista, foram Morgan, Frazer e Taylor.
Esses autores tinham como objeto não só o homem em si, ou seja, o homem isolado em suas particularidades, mas o modo como eles viviam e se organizavam, seu modo de vida em grupo. Eles desenvolveram um método empírico para analisar essas sociedades, pois até então as exigências epistemológicas não possuíam nenhum rigor científico – esta foi a grande mudança ocorrida neste momento. Porém, o conceito