Projeto
Sem dúvida a educação é um problema brasileiro, que não se resolve nos moldes atuais, pois vivemos em um mundo de várias linguagens. Somente o sistema de ler e escrever, não causa tanto efeito. A alternativa é ensinar linguagens para a vida do aluno e o teatro é um dos meios. Pensar em teatro, antes de tudo, é pensar em arte, e como tal, é ter claro que a formação do indivíduo é mediada pelas relações artístico-culturais existentes na sociedade. O ensino do teatro na educação escolar básica nacional foi formalmente implantado há cerca de trinta anos no âmbito dos conteúdos abrangidos pela matéria Educação Artística, oferecida obrigatoriamente por força da lei 5.692/71. As artes são ainda contempladas sem a atenção necessária por parte dos responsáveis pela elaboração dos conteúdos programáticos de cursos para formação de professores alfabetizadores e de proposta curriculares para a educação do ensino fundamental no Brasil. Embora os objetivos da educação formal contemporânea estejam direcionados para a formação multidisciplinar, o ensino das artes na educação escolar segue concebido por muitos professores, funcionários de escolas, pais de alunos e estudantes como supérfluo, caracterizado como lazer, recreação ou luxo apenas permitido à crianças e adolescentes das classes dominantes. Tendo como base pensadores e educadores que há muito vêm estudando este caminho em busca de meios que coloquem as artes e o teatro em primeira ordem a serviço da educação, fazemos aqui uma rápida revisão da história do pensamento “Arte e Educação”, que desde o século V a.C na Grécia Antiga vem sendo trilhado. A educação grega valorizava o teatro, a música, a dança e a literatura, Platão considerava “O jogo fundamental da Educação”, dizia também que “A educação deveria começar de forma lúdica sem qualquer ar de constrangimento para que as crianças pudessem desenvolver a tendência natural do seu caráter”. Aristóteles também como Platão “acredita que