PROJETO
Embora o tempo de permanência na UTI possa ser afetado por políticas de alta hospitalar, por diferentes tipos de práticas e administração dos leitos, a permanência prolongada na UTI pode afetar negativamente o estado de saúde aumentando o risco de infecções, complicações e, possivelmente, a mortalidade. Também afeta a disponibilidade de leitos e poderá resultar em cancelamento de procedimentos cirúrgicos eletivos, levando a longos períodos de espera e tempo perdido na enfermaria antes da admissão à UTI. (ABELHA, 2006).
As crianças dependentes de ventilação mecânica são um grupo de pacientes pediátricos com necessidades complexas de tratamento, devido ao uso contínuo de aparelhos para fornecer ventilação mecânica e às hospitalizações prolongadas. Essa população vem crescendo nos últimos anos1, como resultado dos avanços tecnológicos no tratamento de pacientes crônicos graves, e também do aumento do acesso público aos recursos médicos. (Hanashiro, 2011).
Mesmo quando os pacientes estão clinicamente estáveis, muitos permanecem hospitalizados em unidades de terapia intensiva (UTI) por períodos que variam de poucos meses a anos2. Essa situação expõe os pacientes e seus familiares a problemas associados a internações prolongadas, tais como infecções hospitalares e distúrbios psicológicos3,4 e de relacionamento na família. Para o hospital, a ocupação prolongada de leitos por pacientes estáveis compromete a capacidade de receber novos pacientes com condições severas5, além de aumentar os gastos6. (Hanashiro, 2011).
Como uma alternativa para as longas internações na UTI, muitos pacientes têm sido transferidos para serviços de menor complexidade, tais como as unidades de dependentes de ventilação mecânica (UDVM)7-10. Pacientes que apresentam condições clínicas e socioeconômicas favoráveis podem ser indicados para receber