Projeto de psicologia escolar 2
Para Vygotsky, a fantasia e a realidade se fundem sem uma delimitação de onde uma começa e outra termina. Entre essas duas concepções há uma série de elementos que servem como um vínculo entre o processo criativo e a realidade. Dentre eles situam-se as brincadeiras/jogos que desencadeiam na criança uma possibilidade de redefinição do real baseada no estímulo criativo que surgirá no desenvolvimento destas atividades lúdicas.
Uma vez que é na cultura e na mediação do sujeito com o outro que todo o processo de atividade lúdica e criativa do indivíduo estão pautados, é fundamental que esses outros (adultos) estejam inseridos na cultura infantil, que eles conheçam as peculiaridades desse mundo e que eles participem desse processo, não só como meros observadores, mas como participantes ativos das atividades lúdicas infantis, pois é nesta que está o palco transformador para se desenvolverem crianças autônomas, criativas, capazes e felizes.
Um dos elementos que servem de estímulo para a ludicidade fluir é a televisão, mais precisamente as séries televisivas infantis, antes tão recriminadas por acreditarem que empobrecem a capacidade de criatividade da criança, hoje repensada como fator de enriquecimento lúdico, uma vez que favorece a criação de mapas cognitivos e o mimetismo (elemento importante do desenvolvimento infantil segundo Vygotsky). O presente projeto aborda a relação da TV com a ludicidade usando como base a teoria vygotskyana.
A brincadeira é uma atividade que possibilita o desenvolvimento de estruturas cognitivas. Para Vygotsky o ato de brincar proporciona a criança um desenvolvimento cognitivo, a criança adquire a capacidade de um pensamento regido pelas ideias não mais por objetos do exterior, ela passa a ser capaz de construir situações ilusórias, onde praticará comportamentos próximos com a realidade dos adultos.
JUSTIFICATIVA
Vygotsky propõe que a imaginação sozinha não reproduz nada, pois é na experiência que já foi vivida que se