Professores
GIESTA, Nágila Caporlíngua – FURG
A resposta à interrogação da validade prática dos cursos oferecidos pela Universidade nas licenciaturas, habilitando para o magistério, fortalece o elo ensino-pesquisa-extensão, no sentido de promover ações pedagógicas que não percam de vista a formação do profissional docente, na qual a prática se desenvolva no cotidiano escolar como referência para a formação inicial de novos professores, e ainda sirva para subsidiar a formação continuada dos egressos ou atuantes nos três graus de ensino.
O professor várias vezes ao dia decide sobre o quê e como ensinar e avaliar e qual a maneira de direcionar suas relações com seus alunos. São decisões que expressam propostas de ações e políticas educacionais por ele assumidas. No entanto, muitas vezes demonstra não ter clareza das bases que informam essas decisões, da ideologia implícita, do significado e das conseqüências de sua ação/não ação na organização escolar e na caracterização da proposta pedagógica da escola.
O embasamento teórico-crítico que venha a facilitar articulação teórico-prática no aperfeiçoamento contínuo da docência e do compromisso sócio-político dessa profissão, freqüentemente, é frágil ou tácito. O professor é um profissional pouco preocupado em esclarecer para si, ou para os outros, as razões de suas escolhas pedagógicas, tanto daquelas que levam ao sucesso, quanto das que não têm resultados positivos na aprendizagem do aluno. Isso porque desde sua formação inicial, o educador é nada ou quase nada estimulado a justificar suas opções conceituais. Então, não compreende a razão e o como fazê-lo.
Em estudos envolvendo professores (Giesta, 1994, 1998, 1999) onde são analisadas ações e concepções docentes, relacionando à sua formação inicial e contínua, é evidenciado que isto é pouco valorizado por ele. Tal constatação somada a outras obtidas em leituras e discussões em eventos acadêmicos vêm dando