Professora sim tia não
Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar
O autor Paulo Freire, no livro “Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar”, direcionam ao assunto que diz respeito das classes elitistas e dominantes na área da Educação, um tanto paternalistas e que nos envolve desde o início de nossa história brasileira, com o preconceito e que ainda alcançam a modernidade. O título da obra direciona ao fato de que os profissionais da Educação devem ter a ética e a moral como norte a indicar sempre a direção a ser percorrida ao longo dos anos, pois o (a) professor (a) está no cumprimento de um dever, de uma responsabilidade moral que assumiu ao escolher essa meta de vida. Ao longo da história, a Educação sempre foi colocada ao alcance de classes sociais elitistas, como está relacionado no primeiro parágrafo, enquanto que as demais classes eram colocadas a disposição apenas os cursos profissionalizantes, tudo isso visando os interesses governamentais, políticos e sociais das classes dominantes. As cartas vão desvendando cada um dos temas levantados pelo autor, com seu olhar crítico de um filósofo da Educação. Primeira carta: Ensinar – aprender leitura do mundo – leitura da palavra. O ensinar e o aprender significam muito mais do que está contido nas palavras, pois tudo isso deve ser criado, estabelecido e gerido reciprocamente, ou seja, um depende do outro para se tornar um só. O ato de ensinar significa que aprendeu muito e continua aprendendo, e que deverá ter a humildade de saber que necessita da outra pessoa, para que o ciclo se cumpra e se feche e que o ato de ensinar se complete. O aluno aprende com o professor e o contrário também, o professor aprende com as experiências de ensinar aos alunos, a despertar a curiosidade para o aprendizado, para a leitura, para as experiências que são proporcionadas na formação da educação de cada indivíduo. Um dos instrumentos de trabalho dos professores é a leitura.