Qualidades mensuráveis na arquitetura
A arquitetura é considerada como uma síntese de forma, função e construção, levando em consideração condições específicas em relação a cronograma, custo e legislações. Esta síntese vai de encontro a Vitruvius, que distinguiu três componentes de arquitetura: utilitas (comodidade como funcionalidade ou valor de utilidade: a dimensão social), firmitas (estabilidade, força, firmeza: dimensão tecnológica) e venustas (deleite: dimensão artítistica ou estética) (VOORDT; WEGEN, 2005):
Em arquitetura normalmente as pessoas enfatizam diferentes aspectos, seja pelas preferências pessoais ou por diferentes interesses e experiências. A subjetividade acaba predominando na qualidade estética, fazendo valer o ditado “a beleza está nos olhos de quem a vê”. Alguns indicadores de qualidades subjetivos podem ser mais concretos e mensuráveis no projeto arquitetônico, enquanto existem outros, mais objetivos. De qualquer forma, ambos são necessários para apoiar o processo de projeto e para discutir ou avaliar a qualidade de projeto arquitetônico antes e depois da construção.
INDICADORES
Na busca por mais objetividade, Dijkstra (2001) cita a adequabilidade do uso previsto ao edifício; proporções das dimensões na composição formal; a identidade formal do edifício ao mesmo tempo em que é instigante; transição entre espaço público e privado e entre uso coletivo e privado; influência do edifício na qualidade do espaço público; entre outros, como indicadores da qualidade da arquitetura. Ou seja, é essencial que a forma do edifício seja derivada da necessidade e a possibilidade de obter construção eficiente com materiais e técnicas disponíveis e levando em conta o contexto do desenho urbano, sem deixar de ser instigante e atraente aos olhos.
Hillier e Leaman (1976) definem como qualidade arquitetônica do projeto de arquitetura a exploração de finalidade ou requisitos de um edifício, tais como a relação adequada entre espaço arquitetônico e atividades