Professor
Disciplina: Língua Portuguesa e Literatura III.
Professor: Paulo Caldas Neto.
Resenha Crítica da Obra Literária:
“Vidas Secas”
Alunos:
Abimael
Ericles Lopes de Moura.
IFRN, Câmpus João Câmara / RN.
04 de Março de 2015.
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA III
RESENHA CRÍTICA DA OBRA LITERÁRIA – “VIDAS SECAS”
VIDAS SECAS – UM ENSAIO DA LITERATURA MODERNISTA DE GRACILIANO RAMOS A obra “Vidas Secas” (Editora José Olympio, 1938, 176 páginas), do jornalista, político e escritor alagoano Graciliano Ramos de Oliveira, é reconhecida como um livro essencialmente modernista, cujo conteúdo carrega traços da segunda fase desse período, conhecido como Regionalismo. Ao explorar as características regionalistas em sua narração, o autor descreve as condições lamentáveis de pobreza, miséria e sofrimento pelas quais passa uma pobre família de retirantes, forçada a ir em busca de melhores ofertas no sertão nordestino. Em seu próprio título, o romance sinaliza a penúria e o castigo provenientes do período de seca, bem como o descaso de políticas desfavoráveis aos humildes habitantes do Nordeste brasileiro. A narração da história de vida da família sertaneja – que é guiada a lugares remotos devido à instabilidade do clima e irregularidade das chuvas – é, por excelência, em terceira pessoa. A escolha pelo narrador onisciente pode ser considerada atípica, uma vez que “Vidas Secas” foi o único livro em que Graciliano Ramos decidiu optar por tal alternativa. Além disso, o discurso indireto livre presente nos treze capítulos que compõem a obra permite que os personagens tenham suas falas mescladas às do narrador principal. Ao longo da leitura, percebe-se que esse mecanismo foi utilizado a fim de evitar que a voz marginalizada dos personagens com pouco conhecimento vocabular e escolaridade defasada conduzisse a narração integral do texto. Através da personificação dos