Professor
Todos nós nascemos com sede da presença de Deus. Esta sede se manifesta no desejo intenso por uma comunhão, por fazer um caminho ou percurso para o mais além do meu eu humano, viajar pelo saber das outras realidades que nunca tinha passado pela mente do próprio sujeito, mas para o seu objeto, isto é, a realidade do que está a ser estudada, descobrir aquilo que era o desconhecido, largar-se do egocentrismo para conviver com os outro, dar a vida para outra pessoa, uma ligação eterna impressa em nós, mas perdida quando Adão pecou.
Nosso instinto nos diz que precisamos dela e a sua ausência nos traz sofrimento. Essa necessidade é enorme e universal, provando que deus existe. Esta sede nos impulsiona a buscar a Deus, pois somente n’Ele e em sua presença somos felizes.
Porém, ao nos achegarmos a Ele, nossa carne resiste, porque a nossa natureza é egoísta, decaída e não quer morrer para viver para Ele.
“ E (Jesus) dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” (Lc 9.23) . A nossa carne, apegada ao mundo e seus pecados, não quer abrir mão de sua vontade resistindo assim a prostrar-se diante de Deus.
Estar aos pés do Senhor e obedece-Lo nos leva ao confronto de nossas insuficiências e faltas.
Isaías disse: “Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos. (Isaías 6:5). Logo após confessar, o profeta foi purificado pela brasa viva do altar nas mãos de um anjo enviado por Deus.
Nosso coração possui sentimentos contraditórios. Paulo fala que a carne e o espírito vivem em constante luta. “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.”(Gálatas 5.17) .
Vem, sacie sua sede, adentrando num lugar que ao mesmo tempo é desejado e temido por seu coração, o único lugar onde devemos desejar