Professor
Relações de escala bem calibradas entre observáveis e a massa total do sistema são importantes para entender os processos físicos que dão origem à essas relações. Elas são também um ingrediente importante para os estudos que têm como objetivo colocar vínculos nos parâmetros cosmológicos usando aglomerados de galáxias. Para usar a contagem de aglomerados em um determinado intervalo de massa para colocar vínculos nos parâmetros cosmológicos (p.ex, Vikhlinin et al.2009), a determinação da massa do sistema é fundamental. A massa dos aglomerados pode ser medida diretamente através de lentes fracas e fortes, a partir de dados em raio-X assumindo equilíbrio hidrostático e a partir da dispersão de velocidades . Entretanto, para uma amostra estatisticamente significativa, medir a massa dos sistemas individualmente requer a observação de cada um deles, tornando o processo lento e para alguns casos, observacionalmente inviável. Assim, é interessante ter relações de escala robustas para grandezas facilmente observáveis e a massa total do sistema.
Essas relações são o resultado do processo de formação e evolução dos aglomerados. Se a gravidade for o processo dominante, os modelos auto-similares prevêem ralações de escala simples entre propriedades básicas dos aglomerados e a massa total (Kaiser et al. 1986). Três correlações são particularmente importantes: a relação entre a luminosidade em raio-X e a temperatura (Lx- kT). Entre a luminosidade e a massa (Lx-Mtot) e entre temperatura e a massa (kT-𝑀𝑡𝑜𝑡). Normalmente elas são descritas como leis de potência em torno da distribuição média onde os pontos se espalham segundo uma distribuição log-normal. Essas relações são correlações positivas, com os maiores sistemas tendo em média, valores para as outras grandezas.
Recentemente, com satélites em raio-X mais sensíveis e modernos, foram feitas observações de grupos de galáxias, sistemas com kT < 4 keV e um número significativo de estudos mostrou