Professor

JOÃO BATISTA, O ARAUTO DE CRISTO

Sem dúvida alguma, João Batista foi o profeta a quem coube a mais singular das missões: preparar o povo de Israel para a chegada do Messias. Pela leitura do Evangelho, porém, vemos que os israelitas rejeitaram o Cristo. Não somente o rejeitaram, como também o crucificaram. Resta-nos, pois, esta pergunta: Teria João Batista falhado em sua sublime missão? Aparentemente, sim. Afinal de contas, dos quase cinco milhões de israelitas que havia no Império Romano, apenas uma ínfima e desprezível parcela aceitou o Senhor Jesus como o Desejado de todas as nações.
Todavia, se não nos situarmos corretamente, tanto na história secular, quanto na sacra, jamais compreenderemos o alcance e a transcendência do ministério de João Batista. Na realidade, enviou-o o Todo-poderoso não para converter os judeus, mas para conscientizá-¬los de que mui próximo estava o Reino de Deus. Por este motivo, quando Jesus iniciou o seu ministério, os hebreus não foram tomados de quaisquer surpresas, embora se maravilhassem com a sua doutrina e com os portentos de seus feitos. Neste sentido, por conseguinte, João Batista cumpriu plenamente o seu ministério. Sem os inestimáveis préstimos deste humilde, mas operoso profeta, o Evangelho jamais teria brotado e florescido tanto.

Como profeta, João Batista cumpriu o mais notório de todos os ministérios. Se os outros profetas apenas adiantaram o advento do Messias, João Batista preparou-lhe o caminho imediato. Para sermos mais claros, enquanto os outros mensageiros de Jeová limitavam-se a predizer os sofrimentos e angústias do Messias, João Batista recebeu, como tarefa, atuar como precursor do Filho de Deus. Que outro profeta teve tão grande privilégio? Consideram-no, as Escrituras, por isto, como o maior dos profetas.
A atuação de João Batista foi similar ao do Profeta Elias e po¬demos traçar alguns interessantes paralelos. Em primeiro lugar, am¬bos foram implacáveis no combate aos erros e caprichos dos tiranos.