Professor
António Victor Ramos Rosa, nascido em Faro, a17 de Outubro de 1924, faleceu na manhã de 23 de Setembro no Hospital Egas Moniz em Lisboa. Tinha 88 anos.•
Em comunicado a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) lamentou a morte do poeta "um dos maiores nomes de sempre da poesia portuguesa".
No comunicado, a direcção e o conselho de administração da entidade sublinham que o falecimento do escritor, associado desde 1977 e cooperador desde 2010, "enluta a literatura portuguesa".
A SPA recorda que Ramos Rosa deu nome à Biblioteca Municipal de Faro, sua cidade natal, onde realizou estudos secundários, tendo publicado, em 1958, o seu livro de estreia, "O Grito Claro", que abriria a colecção "A Palavra", dirigida pelo poeta Casimiro de Brito.
Nesse ano iniciou a publicação da revista "Cadernos do Meio-Dia", proibida dois anos mais tarde pela PIDE, polícia política de Salazar, e foi membro do Movimento de Unidade Democrática Juvenil.
A sua vasta obra poética e ensaística foi distinguida com diversos prémios nacionais e internacionais, com destaque, em Portugal, para o Prémio Pessoa (1988), o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1989), e o Prémio Sophia de Mello Breyner (2005).
Entre outras obras escreveu "No Calcanhar do Vento” (1987), "Facilidade do Ar" (1990), "Clamores" (1992), "Figuras Solares"(1996) e "Numa Folha Leve, e Livre" (2013).
Traduzida em várias línguas, a sua mais recente edição estrangeira foi "La Herida Intacta", das Ediciones Sequitur (2009).
António Ramos Rosa deu o nome à Biblioteca Municipal de Faro, sua cidade natal, e ofereceu no início deste ano o seu espólio à autarquia.
O funeral do poeta António Ramos Rosa realiza-se na quarta-feira para o cemitério dos Prazeres, em Lisboa, revelou à agência Lusa fonte da família. O corpo do poeta estará em câmara ardente a partir de terça-feira, 24 de setembro, na capela do Rato, em Lisboa, onde se realizará o velório com o padre