Professor

EXORTAÇÃO À PERSEVERANÇA
II Tm. 1.1-18
I
Preso numa masmorra fria está um homem só e acorrentado. Cruel e brutal perseguição se abate sobre seus irmãos. Amedrontados, todos os que lhe eram próximos o abandonaram enquanto aguarda a hora do carrasco.
Trabalho exaustivo, prisões, açoites sem medida, perigos de morte, apedrejamento, naufrágios, tempestades em alto mar, jornadas longas, perigos de rios, perigos de salteadores, perigos entre os seus, perigos entre os de fora, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos, trabalhos e fadigas, muitas vezes em vigílias, muitas vezes em fome e sede, em jejuns, em frio e nudez. Além disso, uma preocupação diária com todas as igrejas de tal modo que se alguém se enfraquece ele também se enfraquece e se alguém se escandaliza ele se inflama.(IICo. 11.23-29). Experiências vívidas que produziram em seu corpo as marcas de Cristo.
Na masmorra, velho e alquebrado, santos afetos pulsam em seu coração. Ele se lembra de Timóteo, seu filho na fé, a quem deixara em Éfeso para pastorear a igreja que estava sendo atacada por lobos vorazes, falsos mestres com seus falsos ensinos, líderes da própria igreja que, por causa de sórdida ganância, se desviaram da fé e estão dizimando o rebanho de Cristo. Cinco anos antes, num clima bastante diferente, onde embora preso, tinha a esperança de ser libertado, ele já havia escrito a Timóteo uma primeira carta tratando dos mesmos problemas.
Agora, além de tudo, ele sente saudades, se lembra das lágrimas que, da última vez em se encontraram, rolaram da pela face do jovem Timóteo, jovem que se caracteriza por uma fé sem fingimento. Deseja ver o jovem pastor de Éfeso uma última vez antes de ser martirizado. O inverno se aproxima. Uma capa lhe será útil. Úteis também lhe serão alguns livros. Ler mantém a mente ativa e a leitura da Palavra de Deus aquece o coração. Esta é a história. Este é o homem: Paulo.
Ele escreve, então sua segunda carta a Timóteo, sua