Professor
A eficiência em logística dos entregadores de marmita na Índia
Em Bombaim na Índia, os profissionais contam com o serviço dos Dabbawalas (“Dabaualas” pronúncia em Português - entregadores de marmita em Hindi). Em meio ao caótico trânsito, 5000 homens fardados de branco, possuem a missão diária de retirar da casa de seus 200.000 clientes os almoços prontos e entregá-las nos escritórios que ficam no lado oposto da cidade.
As ferramentas de operação para coleta, entrega e devolução, são bicicletas, carrinhos de mão e caixas de madeira. Tudo é reunido junto às estações de trem que lá são agrupadas por área de destino. No desembarque, um novo grupo se encarrega da entrega nos escritórios. Uma hora depois começa a jornada reversa para seus locais de origem.
Para um Dabbawala, “Levar comida a alguém é o mesmo que servir a Deus” e o serviço tem falhas próximas à zero, chamando a atenção do mundo. A revista inglesa “The Economist” estimou que ocorre um erro a cada 16 milhões de entregas e a americana Forbes classificou seu sistema logístico como um dos mais perfeitos do mundo. Segundo Manish Tripathi, presidente da Fundação Dabbawala, os marmiteiros contam os fundamentos de seu sistema em palestras para empresas como Coca Cola,
Siemens e Daimler Bens e ainda para os alunos das universidades de Harvard, Michigan e Stanford.
A ausência de computadores e maiores recursos, não significa impossibilidade de sucesso. O destino de cada uma das marmitas é identificado por um código composto de cores e letras, simples o suficiente para ser compreendido pela maioria semi-analfabeta dos entregadores, que ganham salários maiores que a média do mercado. Além disso, todos tem autonomia para realizar seu trabalho e os problemas são resolvidos sem a consulta dos chefes. Existem apenas três níveis hierárquicos, os entregadores, os coordenadores e o pessoal do escritório. O salário é igual para todos e o que difere são as bonificações por cada cliente