Processos Cognitivos Básicos na Primeira Infância
As investigações realizadas nas últimas décadas tem mostrado a enorme capacidade que os bebês possuem de adquirir conhecimentos.
Sabe-se hoje, que o mundo perceptivo- cognitivo das crianças é rico, complexo e ordenado, por mais que suas características venham a se desenvolver com o passar do tempo.
Na infância as diferentes capacidades de processamento da informação costumam ser estudadas em torno dos processos perceptivos, principalmente, em torno da percepção visual.
A percepção serve para nos colocar em contato com o meio através dos sentidos. O mundo perceptivo dos bebês atingiu níveis semelhantes em muitos aspectos com o dos adultos.
Desenvolvimento da Percepção Visual
A visão é funcional no momento do nascimento.
Porém, o recém nascido apresenta uma visão embaçada, seus olhos não apresentam movimentos suaves e contínuo, só fixa de maneira consistente aos dois meses de vida. E, antes dos seis meses já terão atingido aspectos semelhante aos dos adultos, podendo inclusive enxergar e discriminar várias cores.
Todas as preferências visuais nos neonatos são inatas, ou seja, nasce com eles uma vez que sentem atração por estímulos brilhantes, cores a ausência, contraste, contraste a monotonia.
Interessam-se sobretudo pelo que é discrepante e complexo.
O discrepante é comprovado pelo fato dos bebês perderem o interesse depois de algum tempo observando um determinado ambiente, mas, se trocarmos algum objeto ou ser vivo por um outro discordante a atenção retorna com o mesmo interesse de antes. Isso deixa claro que os recém nascidos têm capacidade de reter informação na memória, embora essa capacidade seja inicialmente limitada e ainda tenha que sofrer uma infinidade de modificações.
No que se refere a complexidade, a princípio, á medida que a criança cresce, torna-se pouco a pouco capaz de maneja-la. A atração pela complexidade aumenta na mesma medida em que aumentam suas capacidades para enfrentá-la.