Processo De Império para República - Brasil
Isabel, a princesa do Brasil, quando assinou a lei que libertava todos os escravos, perguntou ao Barão de Cotegipe: “Então, senhor barão: ganhei ou não ganhei a partida?” E o Barão respondeu: “Ganhou a partida, mas perdeu o trono, princesa.” Dizem que esta cena aconteceu no dia 13 de maio de 1888, no dia da abolição da escravatura.
Porém o fim da monarquia não aconteceu só por causa da Lei Áurea, que terminava com a escravidão no Brasil, muitos outros acontecimentos provocaram a Proclamação da República.
1850 – O tráfico de escravos foi proibido.
1871 – Lei do Ventre Livre – que praticamente impôs o fim da escravidão.
Tudo isso causou temor aos barões do café, em perder o capital que investiram nos escravos. E, assim, o Império perdeu o apoio dos fazendeiros.
Após a vitória do Brasil, na Guerra do Paraguai, um sentimento nacionalista tomou conta dos militares que queriam, também, participar da vida política, porém foram barrados pelos políticos do Império. Assim, pouco a pouco, os oficiais brasileiros começam aderir à ideia da República e ao lema positivista: “Ordem e Progresso”. Além dos militares, muitos estudantes e intelectuais aderiam as ideias republicanas. Criando, então, o Partido Republicano do Rio de Janeiro e o PRP (Partido Republicano Paulista).
A organização do Movimento Abolicionista e a criação dos partidos republicanos aceleraram o fim do Império no Brasil, ou seja, foi sem grandes conflitos e sem grandes revoluções.
Movimento Republicano
O movimento republicano oficialmente teve início no dia três de novembro de 1870 com a criação do Manifesto Republicano, redigido por Quintino Bocaiúva. O manifesto, que continha 58 assinaturas, destacava em suas linhas as contradições do atual regime e ao mesmo tempo pedia a implantação de uma república federativa. É sabido que o próprio Imperador D. Pedro II demonstrava simpatia à ideia republicana, chegando a declarar que preferia ser Presidente