problema gnosiológico
O problema gnosiológico corresponde ao problema do conhecimento abrangendo suas formas, origem, valor, método e filosofia da ciência.
3.1 As formas do conhecimento humano
Existe o conhecimento sensível – que por ser uma faculdade do ser humano em virtude da nossa condição animal é indiscutível – que compreende os cinco sentidos, a memória e a fantasia (representação da realidade de uma forma original e diferente da promovida pela experiência). Outra forma possível de conhecimento – aceita pela maioria dos filósofos, mas não por todos – é a racional que, por sua vez, incluiria ideias universais e abstratas ou ainda leis necessárias.
Considerando que a discussão a respeito da validade ou existência de ambas formas de conhecimento é antiga (já ocorria nos tempos pré-socráticos), vital se torna uma retrospectiva a história da filosofia. Parmênides e os pitagóricos, por exemplo, atribuíam valor absoluto ao conhecimento racional e, portanto, admitiam as duas formas de conhecimento. Em contraponto os sofistas consentiam apenas com a existência do conhecimento sensível. Então é evidente que desde o período clássico e também no moderno os filósofos se alinhavam em duas grandes ordens: os que admitem ambas formas de conhecimento – os racionalistas e idealistas – e os que tão-só admitem a forma sensível – os empiristas e positivistas. “Hoje, o problema permanece ainda em aberto e tudo leva a prever que nem sequer no futuro se alcançará uma solução conclusiva”.1
3.2 Origem do Conhecimento
Como surgem as ideias que temos é a temática que sucede e logo surgem as possibilidades – seria resultado da ação do objeto sobre nós, resultado único e exclusivo da ação do sujeito ou teria origem numa ação conjunta entre objeto e sujeito?
Para Platão, tanto o conhecimento intelectivo quanto o sensível são atribuídos pelo próprio objeto. O mundo físico, no entanto, não apresenta objetos universais e necessários consequentemente, Platão postula a