O problema gnosiológico constitui-se basicamente em responder questões referentes ao conhecimento humano. Como sinônimos, temos a noética e a epistemologia, que apresenta outros dois sentidos: o stricto sensu, que estuda a ciência como conhecimento, e o lato sensu que é o sinônimo exato de gnosiologia. Com relação a sua forma, o conhecimento pode ser dividido em três categorias: o sensível (os cinco sentidos), a memória e a imaginação. No entanto, existe uma vasta gama de conhecimentos mais complexos, que abarcam as ideias gerais e abstratas além dos princípios gerais e absolutos, que não são tão facilmente enquadrados em uma dessas esferas do conhecimento. Visando uma resposta a esse problema, os filósofos pitagóricos e Parmênides dividiram o conhecimento em sensível e racional, atribuindo ao segundo um valor absoluto. Esse conceito, no entanto, não foi aceito por alguns sofistas, que aceitam somente a existência do conhecimento sensível. No período clássico, aceitou-se, de modo geral, a divisão do conhecimento em sensível e intelectivo, havendo divergência, entre platônicos e aristotélicos, somente quanto a sua subdivisão. Enquanto os seguidores de Platão dividiam o conhecimento sensível por imagem direta e indireta (cópia) e o conhecimento intelectivo pelo raciocínio e pela visão, os aristotélicos rechaçam a ideia de intuição, alegando que a mente humana dotada apenas de raciocínio. A questão que persiste até hoje é se possuímos, agregado ao conhecimento sensível (que se baseia somente no experimental), um conhecimento intelectivo (impossível de se ter de forma sensível). Tanto os filósofos racionalistas (Descartes) quanto os idealistas (Kant) admitem a existência de ambos conhecimentos. Já os empiristas, os positivistas e os neopositivistas admitem apenas o sensível. Em se tratando da origem do conhecimento, existem diversas vertentes de pensamentos. Para Platão, todo conhecimento provém da interação de objetos reais e abstratos no Mundo das