Problema gnosiológico
O problema do conhecimento é, provavelmente, o mais antigo da filosofia. É complexo, abrangendo de alguma forma todos os demais problemas filosóficos. O Problema Gnosiológico determina o valor do conhecimento, estudando as relações existentes entre o conhecimento e o objeto conhecido. Os três principais aspectos do conhecimento (‘gnosis’ no grego) a serem investigados são: 1. Origem e estruturação – abordado pela psicologia.
2. O valor – abordado pela crítica.
3. O funcionamento correto – abordado pela lógica.
Nós, como os animais, somos dotados de algumas formas de conhecimento sensível: visão, audição, gosto, olfato, tato (os sentidos externos).
Além disso, possuímos com certeza outra capacidade ainda: a memória, que nos permite trazer de volta à mente informações que pertencem ao passado.
Há também uma terceira capacidade: a fantasia, que nos permite representar as coisas de forma original, diferente de como as recebemos pela experiência.
Origem do conhecimento
De onde provêm as idéias que temos? São elas reproduções de objetos externos a nós, ou antes, criações da nossa mente? Historicamente, as grandes linhas de desenvolvimento do problema da origem do conhecimento são as seguintes:
Platão (427-347 a.C.)
Primeiro filósofo a encarar essa questão de forma explícita e sistemática. Ele acredita que todo conhecimento humano, seja sensível, seja intelectivo, provém do objeto. Porém, dado que no mundo físico não existem objetos universais e necessários, Platão, para explicar a origem do conhecimento intelectivo, acha necessário postular a existência de um mundo ideal, formado efetivamente de objetos universais, necessários e, por isto, imateriais. A alma, que é a vestidura do Ser, esteve em contato com esse mundo das Ideias antes de entrar no corpo físico. No presente, quando conhecemos verdades absolutas (ex. a ideia de verdade, bondade, beleza...) nós não fazemos outra coisa senão tomar