Problema Cosmológico

2. O Problema Cosmológico O problema cosmológico foi um dos primeiros problemas que a mente humana gerou e pode ser definido como o estudo do mundo sob múltiplos aspectos, como a sua origem, seus elementos, sua duração e seu fim último. Conforme analisado na unidade I, há uma clara divergência entre o enfoque dado pela ciência e o dado pela filosofia às questões. Em relação ao problema cosmológico, vemos a ciência se encarregando da descrição dos fenômenos e a filosofia interpretando os fenômenos em seus fundamentos últimos. 2.1 Origem das coisas segundo a mitologia Em um primeiro momento, as respostas às questões como: Qual a origem das coisas? foram dadas no âmbito da mitologia: Homero e Hesíodo: o universo era considerado como uma cidade formada por homens e deuses governada por um grão-monarca que juntamente com os deuses é responsável por tudo que acontece no mundo. Segundo Hesíodo, durante a gênese do universo, primeiramente foi criado o Caos, seguido da Géia (a Terra), o Tártaro (o tenebroso) e por último Eros (o amor que gerou todas as outras coisas); Tales, foi o primeiro pensados a recorrer a conceitos filosóficos para responder a questões como: “Qual a causa última, o princípio supremo de todas as coisas?”.

2.2 Origem das coisas segundo a filosofia Tales: se perguntava se seria possível derivar toda a realidade a partir de um único princípio supremo, invadindo assim o terreno da metafísica: o problema do uno e do múltiplo. Para ele, a água por condensação deriva a terra e por rarefação, o ar. A distinção entre problema metafísico e cosmológico é feita por Platão, que distingue dois planos da realidade: o físico (material) e o metafísico (ideias). Platão: o mundo foi produzido por Demiurgo que tomou as ideias como modelo auxiliado por Potências, plasma e matéria informe e criou os seres que povoam o mundo. Aristóteles realizou um exame mais profundo, para ele o mundo não tem origem nem fim, é eterno.
Aristóteles: A perenidade do