O problema cosmológico - resumo
Victória Brum
Resumo do capítulo “O problema cosmológico” da obra “Introdução à Filosofia” de Battista Mondin.
Porto Alegre, 2014 O problema cosmológico está baseado na realidade problemática do mundo, e há um duplo discurso que busca solucioná-la. O científico propõe-se a descrever os fenômenos segundo critérios lógicos que estabelecem uma estrutura de conservação e de evolução. O filosófico faz a interpretação geral dos fenômenos do universo em sua essência. No entanto, essa distinção só passou a existir com o surgimento do método científico e das ciências experimentais; antes, a astronomia e a metafísica eram encaixadas apenas na filosofia.
Muito antes da pesquisa filosófica se colocar em evidência, o ser humano já tratou de tentar resolver esse problema através da mitologia. Nos poemas de Homero e Hesíodo, o universo é uma grande cidade onde vivem também os deuses, e todos os fenômenos naturais são promovidos pelas divindades. Caos, Geia, Tártaro e Eros explicam a gênese do universo para Hesíodo.
Tales é o primeiro pensador a questionar-se: “qual o princípio supremo de todas as coisas?”. Dentre os quatro elementos, elegeu a água como o mais importante; dela se tem a terra por condensação e o ar e o fogo por rarefação. Em sua concepção, o mundo é uma casa onde há movimento, mutação, calor e frio, fogo e umidade.
No pensamento de Tales não há distinção entre o problema metafísico e o problema cosmológico, quem a percebe é Platão fazendo uma separação entre planos de realidade: um de ordem física e outro de ordem metafísica (o plano das ideias). Sobre o mundo material, Platão diz que o mundo foi produzido pelo Demiurgo, que lhe infunde uma alma universal para tornar-se independente. Para Platão, o que se tem são seres e não coisas.
Já nas ideias de Aristóteles, o mundo não tem origem nem fim, é eterno. Este tem como característica o devir, baseado em uma causa extrínseca (Deus como meta última das coisas) e