Cosmologia
PROBLEMA COSMOLÓGICO
No sentido etimológico, a palavra “cosmológico” significa “Estudo do mundo”. O problema cosmológico foi um dos primeiros que a mente humana se colocou, pois o mundo, em sua realidade, traz uma problemática múltipla: sua origem, sua duração, seu fim. Para tentar responder a essas e outras indagações, o homem, mesmo antes de criar os instrumentos lógicos de pesquisa, utilizou o que, na época, era a resposta mais inteligível e aceitável: o mito (vide os poemas de Homero e Hesíodo – o mundo é como uma cidade que abriga homens e deuses – estes últimos responsáveis pelos fenômenos naturais: raios, trovões, tempestades.) Nessa busca pelo entendimento da problemática do mundo, Tales foi o primeiro pensador que, sistematicamente, questiona: “Qual a causa última, o princípio supremo de todas as coisas”, utilizando-se não de representações míticas e sim de conceitos filosóficos. Tales vai além dos fenômenos e indaga se a realidade não poderia derivar de um único princípio supremo, pergunta a qual ele mesmo responde: dentre os 4 elementos que constituem todas as coisas – água, terra, ar e fogo), a água tem prioridade sobre os outros elementos, já que origina-os. Essa maneira de “estudar o mundo” ultrapassa a cosmologia, entrando no terreno da própria metafísica – o uno e o múltiplo – e confunde-se conjuntamente. Já Platão divide o entendimento e a realidade do mundo em dois planos: o físico (ordem material) e o metafísico (ordem das ideias). Aristóteles via o mundo como algo eterno, mas não imóvel – sempre em movimento em direção a sua meta última: Deus (Motor imóvel) – a causa extrínseca. Para ele ainda existia uma causa intrínseca: matéria e forma, constituintes das coisas materiais, não perenes. Segundo Aristóteles, as espécies fundamentais são 4 e, consequentemente, 4 também o número de reinos dos seres terrestres: mineral,