Crimes passionais

Conforme visto no primeiro texto, que expõem o assunto da violência, qualquer cidadão pode vir a se tornar uma possível vitima desta, pois ela se manifesta de diversas formas, como a violência física, psicológica, sexual, etc., e pode vir a ocorrer em variados ambientes, por exemplo, dentro da própria família, nas escolas, no transito, no trabalho, dentre outros. A violência torna-se mais preocupante quando os envolvidos são crianças, pois elas são fisicamente e emocionalmente mais frágeis e, sendo assim, têm menos possibilidade de se defenderem, e em decorrência disto, podem levar as seqüelas do fato pelo resto da vida, por isso merecem uma atenção maior da Psicologia, bem como do Direito.

A violência é um fato traumático onde as vitimas podem manifestar diversos níveis de estresse. Esses níveis estão relacionados com a variabilidade de recuperação das vitimas, onde esse processo dependerá das características da própria vitima. O modo como ela é acolhida pela família, pelos amigos, pelas instituições sociais, poderá diminuir drasticamente as consequências do fato ocorrido.

As crianças, por terem menor desenvolvimento físico e emocional, apresentam menos recursos cognitivos e, portanto, menos experiência no confronto com eventos estressantes. Esses fatores podem vir a aumentar a severidade dos problemas na vitima.

Para a criança, testemunhar um fato traumático também pode ser o fator suficiente para desencadear sintomatologia desadaptativa. Normalmente se espera que este impacto se dê nas vítimas diretas, e não nas vitimas indiretas.

Sabe-se que os efeitos mais aparentes da violência costumam ser de natureza psicológica, mas eles não são únicos. As crianças, com mais freqüência que os adultos, podem apresentar seqüelas ligadas ao funcionamento comportamental, social, cognitivo e físico

O sentimento dos fatos entra mais no espaço da subjetividade, pois o que é para um pode vir a não ser da mesma forma para outro em outras situações, mas a