Capítulo XVII – O Leviatã, Thomas Hobbes

Filosofia
Capítulo XVII – O Leviatã, Thomas HobbesPara Hobbes, o homem em seu estado de natureza detinha uma liberdade quase que total, entretanto viviam em uma “guerra de todos contra todos”, não havendo nenhuma chance de segurança plena. Os homens, seres de desejos e vontades, sem nenhum poder maior capaz de faze-los temer alguma consequência, vislumbravam celebrar estes desejos e vontades a qualquer custa, uma vez que este era o único objetivo da vida, porém ficavam a mercê deste cenário, correndo risco de vida a todo momento. Assim, por meio do desejo de sair daquela condição de guerra para alcançar o verdadeiro desejo essencial do homem, que é o da sobrevivência que nasceu a primeira forma de estado.
Segundo Hobbes, as leis de natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o que queremos que nos façam) não têm eficácia, já que elas são contrárias às paixões naturais, como o egoísmo, a vingança etc. e por isso, não possuem validade se não houver o auxilio da força. A única lei que é respeitada no estado de natureza. e mesmo assim somente por um certo numero de pessoas, é a lei da honra, todavia em uma situação de grande conflito, como a guerra, cada um preocupará somente com seus interesses próprios. Hobbes vê que para existir a devida segurança, é necessário a criação de um meio que é capaz de assegurar a segurança dos indivíduos de forma eficiente e permanente. Assim, surge o estado.
A definição deste estado para Hobbes, era praticamente a seguinte: uma pessoa de cujos atos uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns com os outros, foi instituída por cada um como autora, de modo a ela poder usara força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum. É como se os homens para garantir sua sobrevivência e a harmonia, abrissem mão de sua liberdade, através de um pacto que cede o direito governa-los à um homem ou a um conjunto deles. Esse direito traz