Princípios do estudo antropológico
A cultura não pode ser definida com exatidão já que a mesma está constantemente adaptando-se ao meio, dos costumes de uma civilização, seus conhecimentos e até mesmo suas leis. A ação humana está relacionada ao desenvolvimento do homem na sociedade. Dessa forma, ao longo do tempo, o estudo da antropologia foi se desenvolvendo a partir da necessidade de adaptação com a própria sociedade.
O evolucionismo social resulta do evolucionismo biológico. Esse é o julgamento pelo nível de progresso da civilização que faz com que a sociedade mais evoluída culturalmente se torne a sociedade do “eu” e a outra a do “outro”. Recebendo mais valor para estudo aquela considerada a mais avançada.
Quando teve início o estudo da antropologia, dava enfoque à sociedades mais isoladas, e de limitados recursos, que eram considerados os “selvagens”. Segundo o antropólogo Laplantine, essa selvageria estaria desaparecendo, dessa forma esse estudo abrangeu-se pelo homem inteiro, independente da origem, dos costumes ou da época. Sob outra perspectiva, Frazer acredita que o conceito de selvagem não chegou ao fim, já que para ele “o selvagem representa um estágio estacionado, ou melhor, retardado do desenvolvimento social”, porém nem mesmo o mais selvagem da atualidade compara-se ao selvagem primitivo. Já que todos alcançaram um nível mínimo de cultura. Sem sair da questão do homem primitivo, é apresentada também a figura do “mau selvagem” e do “bom civilizado” que a princípio, era a idéia que a maioria dos pesquisadores tinha em relação as culturas e costumes de grupos diferentes. Porém, essa imagem é revertida quando é feita uma pesquisa mais aprofundada. Usando como referencial os Hurons, antes Laplantine afirmava que qualquer grupo social que fosse fora dos padrões seria considerado selvagem, após a pesquisa ele passa a ter a mesma perspectiva dos demais pesquisadores, uma vez que esse grupo social estudado mostrou grande receptividade e uma