Princípio da insignificância
I - A desigualdade social entre as raças no Brasil – Origem Histórica (produzido por Heber Vieira)
Neste capítulo tem como base o Livro “As políticas públicas e a desigualdade racial no Brasil 120 anos após a abolição”, 1ª Edição, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, escrito por Mário Teodoro, Luciana Jacound, Rafael Guerreiro Osório, Sergei Soares, versando profundamente a respeito das desigualdades raciais, do racismo e da implementação de políticas públicas de promoção da igualdade racial, oferecendo um a compreensão do tema a partir de uma perspectiva da história brasileira, oferecendo ainda a questão de existir um enorme contingente de negros pobres no Brasil, resultados de circunstâncias históricas, não de uma predisposição dos brancos para impedir a ascensão social dos negros na sociedade. (grifo nosso)
O século XIX foi responsável por grandes mudanças que atingiram significadamente a estrutura do Brasil. A fuga estratégica da Família Real e sua Corte para o país, deixando Portugal, marcou definitivamente nossa história, implicando em um novo período, com grande extensão territorial das Américas e, devido um governo central forte que soube garantir e preservar as alianças políticas e com as grandes elites . De um modo geral, neste período, compreendia uma imensidão territorial sobre a qual se reproduziam diversas formas de atividade laboral produção de subsistência, extrativismo, agricultura de exportação (sobretudo cana-de-açúcar e algodão), ciclos, como os do açúcar, no Nordeste, e do ouro, em Minas Gerais, no comércio e na atividade manufatureira e entre as áreas urbanas, destacavam-se Recife, Salvador e Rio de Janeiro, necessitando de mão de obra escrava, ocorrendo em um aumento significante da “importação” de escravos.
“a chegada da Família Real portuguesa modificou completamente a vida da então monótona cidade colonial e de seus pacatos habitantes. A presença da Corte no Rio de Janeiro não só