Preven O Contra As Drogas
Conversando com os pais - 26/06/2012 - Andrea Ramal
O risco do consumo de drogas lícitas ou ilícitas ronda todas as famílias. Qualquer jovem pode vir a se envolver com elas, e os adolescentes são os mais vulneráveis. Afinal, essa é uma fase de crise e descoberta da própria identidade, na qual muitos contestam os modelos vigentes e se distanciam da família. Surge a insegurança, a timidez, a curiosidade pelo que é proibido... E tudo isso pode acabar levando ao uso de drogas – na ilusão equivocada de diminuir a timidez, ser aceito nos grupos, ganhar status. Muitas vezes, o jovem entra nas drogas por falta de perspectiva, pelas incertezas sobre o seu ser/estar no mundo. Por isso, o tratamento deste tema vai além de palestras eventuais. Juntas, escola e família podem ajudar o adolescente a desenhar o seu projeto de vida, construído a partir da sua identidade e valores, definindo seus objetivos e missão. E podem, ainda, fornecer-lhe instrumentos, conhecimentos e recursos para que ele seja capaz de levar esse projeto adiante com autonomia e responsabilidade. Como a escola pode ajudar na prevenção A Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (IBGE, 2009) traz dados que preocupam: 71,4% dos estudantes de 9o ano do ensino fundamental das capitais brasileiras já experimentaram bebidas alcoólicas; 22,1% já se embriagaram e 9% já tiveram problemas ocasionados pela bebida, como brigas ou perda de aulas. No mesmo nível de ensino, 8,7% dos estudantes já consumiram alguma droga ilícita, como por exemplo maconha, cocaína ou crack. A escola pode e deve ajudar na prevenção deste problema. Afinal, ela é um espaço privilegiado que reúne diariamente crianças e jovens, num ambiente seguro e confiável. Em primeiro lugar, é preciso agir nas causas, naquilo que pode levar um jovem a recorrer a um entorpecente. As preocupações com a aparência, as exigências da sociedade de consumo, pelas quais muitos jovens querem ter cada vez