Preconceito
Discutindo o preconceito nas relações sócio-familiares da pessoa com deficiência.
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Discutindo o preconceito nas relações sóciofamiliares da pessoa com deficiência.
As relações familiares da pessoa com deficiência não podem ser analisadas fora de um contexto sócio-político-econômico e cultural, uma vez que essas relações se desenrolam dentro de uma estrutura que lhes influenciam diretamente. Mais do que nunca essas relações fazem parte intrínseca das questões sociais, uma vez que nelas estão presentes os diversos processos que caracterizam as novas expressões da questão social. Ali, na particularidade do contexto familiar percebemos a presença de condicionantes universais que, por sua vez, se manifestam de forma singular. Sendo assim, partindo de algumas noções gerais poderíamos dizer que existem alguns aspectos comuns que marcam as relações familiares da pessoa com deficiência: frustração, negação, rejeição, culpa, conflitos, preconceito, superproteção, aceitação (ou não aceitação), entre outros. No entanto, embora toda relação familiar apresente no mínimo um ou mais desses aspectos, a maneira como cada um deles se manifesta é diferente, estando esta diferença relacionada com o grau de conhecimento e esclarecimento que a família tem sobre a deficiência, a classe social, a educação, entre outros. A gravidez é um fato onde está imbricada uma série de sentimentos (seja ela planejada, esperada, desejada ou não). Para aqueles que planejaram e esperaram uma gravidez, o filho em gestação começa, já a partir dos primeiros meses, a se configurar como sonho (RIBAS, 2007). Mas, esse sonho não é fruto apenas da subjetividade dos pais, ele é produto social, construído no cotidiano sócio-histórico das famílias, ou seja o sonho nada mais é que uma “idealização” e esta, por sua vez, implica em um modelo a ser idealizado e incorporado pelos pais. Esse modelo, entretanto, é construído pelas classes dominantes nas sociedades