PRECONCEITO LINGUÍSTICO
Universidade Federal de Alagoas
Português para comunicação
Professor José Carlos dos Santos Lima
Grupo: Ana Cristina Higino Silva, Andréa Cavalcante, Cláudio
Leandro França Amorim, José Luciano Alves, Maria Thayná
Vasconcelos.
• O mito 6: “O certo é falar assim porque se escreve assim”.
1. A causa do mito: A ideia errônea de que a ortografia deve nortear a fala das pessoas, que se deve ao grande apreço que algumas pessoas têm pela gramática normativa. É esse pensamento que gera o preconceito contra quem fala “pexe”, “amexa”,”bandera”,
“muleque”, “oitcho”, “muitcho” “rúbrica” e “récorde” em vez de falar “peixe” “ameixa”,
“bandeira”, “moleque”, “oito”, “muito” “rubrica” e “recorde”.
2. Nenhuma língua é falada do mesmo jeito em todos os lugares e as pessoas não falam do mesmo modo o tempo todo. Isso é natural.
3. As letras são apenas representações gráficas dos fonemas, ou melhor, tentativas de se representar graficamente os sons que emitimos. Não podemos confundi-las com eles.
3.1. Os idiomas surgiram a partir da fala, portanto, a princípio, a escrita é que se moldou à oralidade. Hoje, muitas pessoas tentam fazer o inverso: moldar a fala a partir da escrita.
3.2. O alfabeto foi criado mediante uma convenção. Acontece que existem indivíduos que veem essa convenção como um conjunto de regras rígidas, as quais devem ser seguidas por todos em todas as ocasiões.
3.3. Há, inclusive, alguns idiomas, como o chinês, em que não há relação direta entre grafemas e fonemas. As pessoas precisam aprender a escrita e a pronúncia da cada palavra isoladamente. 4. É impossível haver uma correlação estrita entre grafemas e fonemas.
4.1. A única forma (razoavelmente) eficaz de se representar uma ironia, por exemplo, é aproximar a escrita da fala, como se costuma fazer em conversas pela internet.
4.2. A pontuação várias vezes é insuficiente para se demonstrar emoções por meio de textos escritos. Não é à toa que