preconceito linguistico
“A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”
Este mito realmente traz prejuízo para a educação no Brasil, ele está tão enraizado em nossa cultura que até mesmo doutores e intelectuais se deixam enganar por ele ao não reconhecer à verdadeira diversidade do português falado no Brasil. A escola tenta ensinar da maneira correto a norma linguística como se fosse à língua comum de todos os Brasileiros, independente de suas regionalizações.
Sendo que no Brasil a língua falada pela maioria é o português brasileiro, este mesmo idioma apresenta um alto grau de diversidade e de variabilidade, não só por causa da extensão territorial do País, mas particularmente por causa da trágica injustiça social que fazia do Brasil, em 2006, o oitavo país com a pior divisão de renda mundial, ou seja, somos um país onde a riqueza, maior, está concentrada nas mãos de um grupo de pessoas.
Sendo que a educação de qualidade no Brasil é um privilégio de poucos, uma quantidade enorme de Brasileiros permanece à margem do controle das formas prestigiadas de uso da língua, pois, como existem milhões de brasileiros sem terra, sem teto, sem escola, sem renda e sem saúde, existem também milhões de brasileiros que podemos chamar de “sem língua”. Enfim, se formos confiar no mito da língua única.
É necessário que a escola e todas as demais instituições voltadas para a educação e a cultura do país larguem esse mito da singularidade do português brasileiro e comecem a reconhecer a verdadeira diversidade linguística de nosso país para aprimorarem suas politicas de ação perante a população marginalizada dos falantes das variedades sem prestigio social.
Portanto queremos que todo brasileiro seja qual for sua origem social possa ler e entender os melhores escritores e tirar todo proveito das modernas tecnologias observadas e lidas nos programas de Televisão, pois felizmente, essa realidade linguística diversificada já é reconhecida pelas instituições oficiais