Precarização
TRABALHO, PRECARIZAÇÃO E RESISTÊNCIAS: novos e velhos desafios?1
Graça Druck*
O artigo discute por que a precarização social do trabalho é um novo e velho fenômeno, é diferente e igual, é passado e presente, um fenômeno de caráter macro e microssocial. Apresenta alguns fetiches presentes nas análises sobre o trabalho no contexto de mundialização do capital, marcado pela hegemonia do capital financeiro, pela reestruturação da produção e do trabalho e por um “novo espírito do capitalismo”. São cinco seções: introdução; discussão sobre aspectos metodológicos a partir de reflexões de projetos de pesquisa em andamento; considerações teóricas sobre a caracterização do capitalismo flexível e a centralidade da precarização social do trabalho; contextualização do trabalho na América Latina e no Brasil à luz dos estudos da OIT, indicadores de precarização e de resistências; e debate os velhos e novos desafios trazidos pelas transformações sob a égide da precarização social do trabalho e de um “espírito do capitalismo” reformulado, que, ao mesmo tempo em que reafirma o velho espírito, constitui um novo espírito. PALAVRAS-CHAVE: trabalho, precarização, resistências, indicadores sociais.
* Doutora em Ciências Sociais, com pós-doutorado na Universidade de Paris XIII. Professora associada I do Departamento de Sociologia e da Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal da Bahia – PPGCS/ FFCH/UFBA. Pesquisadora do Centro de Recursos Humanos/FFCH/UFBA e do CNPq. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Estrada de São Lázaro, 197. Federação, Cep: 40.210-730. Salvador, Bahia – Brasil. druckg@gmail.com 1 Este artigo contou com a colaboração de Selma Silva, Bolsista de Pós-doutorado do PNPD/Capes, a quem agradeço a elaboração e atualização dos dados da PNAD. Agradeço também a sua leitura, os comentários e sugestões que foram, em sua maioria, incorporados ao texto.
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CADERNO CRH, Salvador, v. 24, n. spe 01, p. 37-57, 2011
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