A precarizacao do trabalho

A precarização do Trabalho

O tema da precarização do trabalho ganhou destaque no Brasil, tendo em vista os impactos advindos das novas tecnologias e da velocidade das transformações no mercado de trabalho, sobretudo a partir da década de 90 com o surgimento da microeletrônica. MÔNICA M. TASSIGNY, diz em seu artigo que “[...] a introdução da microeletrônica na produção, a partir dos anos 90, constitui um fato constatável em vários setores da vida produtiva (indústrias automobilísticas, têxteis, etc.) e tem acarretado consequências importantes para o movimento de desqualificação e qualificação da força de trabalho ou quanto às exigências educacionais, conforme as explicações que se seguem”.
Em outras palavras, poderíamos dizer que essas mudanças são bastante desfavoráveis para os trabalhadores com menor grau de escolaridade que podem até ser excluídos por não terem o preparo necessário para atender às demandas do mercado de trabalho, cada vez mais exigente e restrito.
Além disso, com a nova tecnologia os trabalhadores da produção são obrigados a produzir mais. Quanto mais planejamento um trabalhador é capaz de realizar e quanto mais responsabilidade puder assumir pelo que faz, maior será a produtividade. As máquinas novas estão trazendo um aumento de produtividade incrível. Só que em compensação o número de empregos oferecidos diminuiu. Entre o perfil desejado pelas organizações estão os talentos com alto potencial de desenvolvimento. É preciso ter conhecimentos, habilidades e atitudes. Ter só um potencial não basta.
Diante disso o trabalhador tradicional se vê obrigado a escolher qualquer ocupação ou atividade fora do mercado de trabalho regular para assim poder se manter e manter sua família com um pouco de dignidade. “Por isso é preciso compreender como se dá a luta entre os interesses de classe e, mais precisamente, como se dão os conflitos no mundo do trabalho, uma vez que essas transformações podem significar uma precarização do trabalho.”

Referencias:
MÔNICA