Pratica de Ensino
Recentemente trabalhei em uma escola municipal e auxiliava dois alunos, um com autismo e outro com paralisia cerebral, a escola era adaptada para o atendimento a essas crianças, tanto no espaço físico, como no mobiliário, mas em sala de aula, os materiais pedagógicos eram poucos, então tive que adaptar-me e ser flexível, na maneira de ensiná-los.
Providenciei cartões com desenhos e objetos como comidas, cores, alfabeto, sim, não, sede, banheiro, etc. assim poderiam indicar o que queriam ou sentiam e a nossa comunicação ficou um pouco mais fácil.
Digo “pouco”, porque não é fácil lidarmos com a inclusão, em uma sala regular com mais de 30 alunos. Não somos preparados especificamente e habilitados para isso, bem diferente do filme que o professor além de ser formado em Libras, era fonoaudiólogo e tinha uma turma de alunos bem reduzida.
Não tive experiência em trabalhar com nenhum aluno com deficiência auditiva, mas entendo que o aluno que tem perda auditiva também demora mais para se alfabetizar. Então temos que pedir que se sentem nas carteiras da frente, falar de perto e de frente para eles, porque nem sempre a instituição de ensino, disponibiliza um professor habilitado a ensinar libras, então temos que usar os recursos da leitura labial e gestos porque facilitam a compreensão.
Para a inclusão ser feita de verdade não adianta fazer leis e elas não serem aplicadas na prática, é necessário um trabalho diferenciado dos educadores e de muitas ferramentas de auxílio, fortalecer a formação dos professores e criar uma boa rede de apoio entre alunos, docentes, gestores e principalmente familiares.