Poulantzas-estado poder socialismo
IPOL – Instituto de Ciência Política
Teoria Política Contemporânea
Docente: Rebecca Abers
Discente: César Augusto Macedo Semensatti – 10/0096573
Monitores: Luciana Felix, Robert Lee e Rodrigo Dias
Poulantzas, Nicos. “As lutas políticas: o Estado, condensação de uma relação de forças” (páginas 125-147) in “O Estado, O Poder, O Socialismo”. 4ª Edição. São Paulo: Editoras Graal / Paz e Terra; 2000.
O autor se propõe a explicar a “aproximação do Estado com as classes sociais e a luta de classes” a partir da relação existente entre o Estado, o modo de produção capitalista e a divisão social do trabalho, através da “dominação política” e da “luta política”, afirmando que as fases do capitalismo têm como elemento essencial as “modificações na constituição e reprodução de classes sociais, de sua luta e da dominação política”, elementos que permitem explicar as transformações históricas do Estado Capitalista (POULANTZAS, pp. 126 e 128). No sistema capitalista, o Estado tem um papel de “organização”, um papel de constituir a “unidade política das classes dominantes” simplesmente apontando quais são as classes dominantes (POULANTZAS, pp. 128 e 129). Mas, sabemos, o Estado não se reduz à luta de classes ou à relação de forças existente entre as mesmas, mas, segundo o autor “uma mudança na relação de forças entre classes certamente tem sempre efeitos no Estado, mas não se expressa de maneira direta e imediata”. (POULANTZAS, p. 132 e 133). Também são apontadas no texto as “contradições internas” entre as classes, a “autonomia do Estado frente às frações do bloco no poder”, dentre outras características do Estado, que, analisadas de forma conjunta, permitem inferir o papel de objeto que o Estado presta às classes dominantes, afim de “manter e reproduzir no seio do Estado a relação dominação-subordinação”, ou seja, o Estado é a “condensação material de uma relação” entre dominantes e dominados e entre lutas populares e lutas políticas.