Posição dogmática, cética e eclética
Nome: Isabella Freitas de Abreu Lima
Atividade: Fichamento do texto “II – Que é Filosofia?”, Roland Corbisier, páginas 148 166.
A POSIÇÃO DOGMÁTICA
A palavra dogmatismo vem de dogma que em grego significa opinião, decisão, decreto.
Segundo o texto, os antigos céticos consideravam dogmáticos os filósofos que não olhavam a fundo, apenas afirmavam suas teses e opiniões. O autor do texto fala sobre a questão dos dogmas no pensamento cristão, no qual há apenas uma verdade e é aquela que deve ser aceita e perpetuada, pois Deus não pode ser objeto de contestação ou de crítica. “Pôr em questão o dogma é contestá-lo enquanto dogma, e convertê-lo em tese filosófica ou hipótese científica. O dogma só é dogma porque não se propõe, mas se impõe à razão, que o aceita e a ele se submete, não em nome da razão, mas em nome da fé.”
(Pág. 149/150). “A afirmação dogmática da tese exclui o diálogo, bloqueia ou imobiliza a razão, não admitindo a pergunta que torna possível a resposta.” (Pág. 150). A fé implica na crença da pessoa, ou seja, não tem como ser provada e depende da entrega da pessoa a fé, em acreditar no que é imposto. Quando há a contestação do dogma, começa-se a por em dúvida aquilo que era tido como verdade absoluta e torna-se possível encontrar questões não justificáveis e ocorre o que é denominado no texto como “crise religiosa”, assim, a fé enfraquece ou desaparece.
Segundo o autor, para Hegel, “a função da filosofia é a restauração da totalidade e a construção do absoluto” (Pág. 151) e isso só é possível quando partimos da dúvida, se não tivermos encontrado ou recuperado ainda essa totalidade. Assim, torna-se impossível partir de um dogma que é tido como uma verdade já sólida e concreta, incontestável. Outro ponto abordado é sobre o dogmatismo no período medieval, um dogmatismo religioso e teológico com censura ao pensamento, condenação de teses julgadas heterodoxas, na proibição de ensinar etc.