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Mauro Cunha afirma que "problemas de gestão" estão afetando a estatal do petróleo
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Companhia está envolta em escândalos e suspeitas há dois mesesFábio Motta / Ae
A polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras é uma "gota no oceano" considerando os problemas de gestão da empresa, segundo um conselheiro da estatal que representa os acionistas minoritários.
"Estamos perdendo muito tempo com o caso Pasadena. Tem as questões políticas e tal, mas Pasadena é uma gota no oceano em relação ao que está acontecendo com a gestão da companhia", disse o conselheiro Mauro Cunha a jornalistas nesta terça-feira (6), após ser questionado sobre o assunto em um evento em São Paulo.
Perguntado sobre quais são as outras questões que afetam a companhia, Cunha disse que desde a megacapitalização, em 2010, problemas de gestão têm afetado a Petrobras. Desde então, as ações da companhia chegaram a cair 73%.
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A assessoria de imprensa da Petrobras não respondeu imediatamente pedido de comentários sobre a declaração.
A compra da refinaria localizada no Texas, envolvida numa controversa sobre os valores desembolsados pela Petrobras, motivou pedido da instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
O movimento para a instalação da CPI se intensificou após Dilma Rousseff, presidente do Conselho da estatal na época do negócio, ter dito em março que o aval para a compra da refinaria foi dado com base num documento "técnica e juridicamente falho".
Segundo nota da Presidência da República, o resumo executivo preparado pela diretoria da Área Internacional na época "omitia" informações como a cláusula "put option", que levou a Petrobras a pagar valores muito maiores pela refinaria do que os 360 milhões de dólares desembolsados inicialmente por 50 por cento da unidade.
Ao final, a estatal pagou 1,25 bilhão